Universidade Limpa Kaiapó
O Resgate dos Primeiros Brasileiros
Mas um sonho que se sonha junto é realidade.
(Raul Seixas)
Autor: Paulinho Paiakan
Colaborador: Prof. Saraiva Rodrigues
Arte/Diagramação: Ronigley Maranhão
Redenção – Pará – Amazônia - Brasil
Abril
2009
Os líderes indígenas da Nação Kaiapó, por seu representante, vem, com o devido respeito, a presença de Vossa Excelência, expor e requerer o que se segue:
1 – que as Comunidades Unidas Kaiapó, a partir do Fórum Social Mundial, começaram a entender a importância da preservação das suas terras, demarcadas recentemente;
2 – que, essas lideranças reunidas definiram que Paulinho Paiakan seria o representante junto aos órgãos estaduais, federais e a Comunidade Internacional, para cuidar dos seus interesses;
3 – que, diante dessa perspectiva todos compreenderam que um CENTRO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO deveria ser implantado nas terras, para proteger os direitos da Nação Kaiapó, inclusive o patrimônio cultural;
4 – que, a partir dessa decisão resolveram expor ao mundo esse projeto e que a FUNAI, enquanto governo do Brasil, é o órgão capiteneador da causa indígena;
5 – que as Comunidades Indígenas entenderam que não mais devem ser aculturados, pela cultura dos brancos, pois isso trouxe contaminação cultural, étnica, moral e social, conduzindo o povo Kaiapó aos mesmos erros cometidos no passado com todas as nações tupiniquins e, em acontecendo, os Kaiapó estarão condenados ao extermínio, no máximo, em duas ou três gerações;
PELO EXPOSTO REQUER
Que Vossa Excelência interceda junto a Presidência da República para que Excelentíssimo Senhor Presidente Luis Inácio Lula da Silva, através do Ministério da Justiça e Ministério do Meio Ambiente, avalise essa causa e conceda a este representante passaporte legal para divulgar este projeto e, com isso, possa obter apoio da Comunidade Internacional e reverter o processo de extinção dos índios brasileiros, a partir da Nação Kaiapó. É um apelo que faz um povo em adiantado processo de decadência cultural e moral.
Por Justiça e Por Respeito
Pede e Espera Deferimento
Redenção – Pará – Amazônia – Brasil, 19 de abril de 2009 – dia do Índio brasileiro
Paulinho Paiakan
“Dos 5 milhões de índios que havia à época do descobrimento, restam, apenas, 400 mil (aprox). São as únicas criaturas humanas que estão em sintonia com o Criador”. (Carlos V. Sgarbi)
O que é a Universidade Limpa Kaiapó?
É a construção de um centro de ensino da convivência humana com outros seres: os animais, os insetos, as plantas, os rios as chuvas, os ventos e até os seres inanimados como as pedras e os metais.
Neste centro de ensino as pessoas vão fazer o contrário do que fizeram até hoje.
Em vez de explorar, vão viver, harmoniosamente, consigo mesmo e com os outros seres, sem tirar nada do ambiente, apenas às essências que a natureza oferece, gratuitamente.
Durante milhares de anos foi assim e voltará a ser quando todos se reeducarem para viver melhor.
Os índios serão os professores e não devem aprender falar português nem inglês ou outra língua estrangeira. Devem cultivar sua língua original, nativa.
“O processo de aculturação dos índios foi, na verdade, desaculturação porque lhes tirou a identidade de ser o que eram”.(Vilas Boas)
Hoje, mais do que nunca, é preciso resgatar o que foi perdido ao longo dos anos. Em nome do desenvolvimento foi destruído todo cabedal de conhecimentos acumulado pelas nações tupiniquins no território brasileiro.
A RECONSTRUÇÃO DO REINO
Os Kaiapó estão dispostos a reconstruir esse patrimônio que a humanidade está perdendo, em nome da “riqueza”.
“Rico não é o que tem mais, é aquele que menos precisa”. Os índios são assim, ricos por natureza.
A Universidade Limpa abrirá as portas para o novo porque ISTO está acontecendo.
É um patrimônio mundial para a humanidade, onde todos terão acesso e poderão beber da fonte do conhecimento que o mundo oferece.
Nessa Universidade Cósmica não haverá nenhuma distinção de qualquer natureza: credo, raça, cor, sexo, político ou de território.
Todos serão iguais e poderão cursá-la sem ter um currículo para ser obedecido.
Não haverá cobrança de valor pelo que for ensinado. A natureza se encarregará de dar a cada um, segundo sua necessidade.
Quem é Paulinho Paiakan?
“O chefe Kaiapó, Paiakan representa, atualmente, a luta pelo meio ambiente, ecologia e pela convivência na diversidade e o direito à vida. Em suas andanças pelo mundo, sempre foi a figura destemida quando falava, firme e sem receios, sobre a difícil tarefa da preservação, manutenção e ampliação dos direitos dos povos indígenas”.
Paiakan, levou a causa dos índios brasileiros a outras plagas do mundo. “De sua terra de origem, no Pará, levou a mensagem dos povos indígenas e da floresta às esferas nacional e internacional, chamando a atenção da sociedade e das autoridades governamentais para questões ligadas ao ambiente, à diversidade humana e zoobotânica, ao respeito entre as pessoas e entre as diferentes nações”.
Injustiçado, pela justiça dos brancos, ficou recolhido na sua aldeia, convivendo com seus irmãos, por seis anos consecutivos, sem, no entanto, perder a esperança de tornar este mundo melhor para todos.
Diz: ele: “É preciso ter fé e acreditar que nós podemos mudar o mundo, porque nós somos o mundo e quando todos pensarem assim, teremos paz”.
No Território Kaiapó, mais precisamente na área federal demarcada como Terras Indígenas KAIAPÓ, no Sul do Pará e norte do Mato Grosso – Amazônia - Brasil
Região de Abrangência: Todo território Nacional e as Nações Indígenas que ainda sobrevivem nas florestas.
Território Kaiapó demarcado e homologado pelo Governo brasileiro
O Site Google Terra mostra a devastação florestal no eixo das rodovias BR 163 e BR 158, restando, intocada, a área demarcada.
Depoimento de Paulinho Paiakan
“No final do ano de 2008 os Kaiapó da área Federal demarcada compartilharam, pela primeira vez, das imagens feitas pelo satélite sobre as mudanças climáticas no primeiro e segundo mundo (Europa e Américas).
Em 27 de janeiro a 01 de fevereiro do ano 2009, foi realizado o Fórum Social Mundial em Belém, Estado do Pará – Brasil, onde as etnias kaiapó começaram a entender que a área com floresta, demarcada pelo Governo Federal do Brasil tem valor de oxigênio e é cheia de carbono vegetal.
Como os europeus e americanos já exploraram diversas riquezas, neste país, sem pensar nos danos ao meio ambiente, no futuro, hoje o mundo está preocupado com a ameaça das mudanças climáticas. Não é só os homens brancos que participam dessa destruição, nós indígenas, também, aceitamos essa exploração das riquezas, inocentemente.
Agora chegou o momento de reparar o erro que foi cometido, devolvendo ao povo indígena sua natureza, sua cultura e aprendendo a conviver em harmonia com todos os reinos, vegetal, mineral e animal.”
A Construção e Manutenção da Universidade Limpa Requer
* Centro de Estudos e Pesquisas Biomédicas
* Centro de Estudos e Pesquisas Zoobotânicas
* Centro de Manutenção e Tecnologia
* Centro de Tecnologia de Alimentos
* Centro de Administração e Habitação.
* Hospital com Especialidades Diversas
* Estrada de Acesso terrestre (200Km)
* Aeroporto com Pista de 1500m pavimentada
UNIVERSIDADE LIMPA
É um novo conceito de Desenvolvimento Sustentável para que o empresariado do mundo todo, os governos e a sociedade em geral possam acompanhar os novos rumos que os seres humanos devem tomar, se quiserem sobreviver em harmonia com o planeta.
ENTENDIMENTO DA QUESTÃO
Foi principalmente a partir da década de 80, que as questões relativas às mudanças climáticas, aquecimento global e efeito estufa passaram a ocupar um lugar de destaque no rol das ameaças ambientais que mais colocam em risco a integridade do planeta. E, desde então, a cada ano, evidências científicas cada vez mais fortes, indicam que são as atividades humanas decorrentes do modelo de produção em vigor, um dos fatores mais decisivos para o agravamento dessas ameaças.
Não é preciso que compreendam, só é preciso que sintam a urgência de se criar esta universidade para que os homens possam encontrar um novo caminho
DESTAQUES IMPORTANTES DO PROTOCOLO DE KYOTO:
“Os 32 países que compõem o Anexo I do Protocolo de Kyoto devem promover, no período de 2008 a 2012, reduções diferenciadas, tomando por base as emissões registradas em 1990”. (carta de Kyoto)
Isso quer dizer que eles podem contribuir para a manutenção de grandes áreas florestais ajudando os povos das florestas a preservarem.
QUE PRECISA PARA REALIZAR A UNIVERSIDADE LIMPA?
Os diferenciais positivos da Universidade Limpa só se realizarão se o cenário geral dos acontecimentos for em ambiente próprio, com todos os recursos naturais disponíveis. Além disso, é preciso existir, principalmente em termos nacionais, um ambiente propício ao desenvolvimento de novos negócios. Sabemos que há diversos fatores que contribuem para acontecimentos bons. São as energias que estão disponíveis para as pessoas e para as coisas e ninguém vê (a egrégora natural).
Sob a ótica financeira adotada pelos países industrializados, trocar os compromissos ambientais por títulos financeiros será fatalmente vantajoso para os mais ricos, que poderão, por exemplo, obter vantagens através de venda da tecnologia usada nesse processo. Para cumprir os seus compromissos, os 32 países mais industrializados listados no anexo I do Protocolo de Kyoto, grandes poluidores, poderiam pagar ao invés de reduzir as suas emissões e, assim, lançar mão do argumento que estariam contribuindo da mesma forma para a redução global de emissões.
A Universidade Limpa sob esta ótica econômica, pode estimular, por outro lado, os países muito pobres a ganhar recursos financeiros sem esforço, vendendo as suas florestas como sumidouros, isto é, como se fossem seus bens particulares, recursos que na realidade, são da natureza do planeta e patrimônio comum da humanidade.
A preocupação com os mecanismos que permitirão a compra e a venda de Certificados de Emissões de Carbono nas bolsas de valores vem crescendo, esperando-se a comercialização internacional de créditos de emissão de carbono - que terá uma demanda prevista de 20 bilhões de dólares anuais.
OS GUARDIÕES DA FLORESTA
O tempo em que a área florestal funcionará como elemento de resgate e Sumidouro de carbono.
Esse aspecto dá aos Kaiapó um certificado eterno, com uma duração permanente. Isso envolve de modo direto a questão da propriedade da terra e de sua destinação de uso, que, diante da legislação em vigor, é demarcada como área de proteção permanente (são mais de 10 milhões de hectares).
A natural vocação nos dá entendimento que não haverá competitividade brasileira para o desenvolvimento desse projeto, pois é único no gênero, no mundo todo.
ARQUITETURA FINANCEIRA DA UNIVERSIDADE LIMPA
Empresas como a Phillips poderão contribuir com um sistema de energia limpa, a partir da solar.
A Sony Ericsom poderá contribuir com o sistema de comunicação.
A Firestone, ou a Good Year poderão contribuir para construção de um sistema de esteiras rolantes nos passeios.
A Microsoft poderá contribuir com a construção do sistema de informática.
A Westghouse poderá contribuir com o sistema de distribuição de água e tratamento de esgotos sanitários.
Empresas como a Boing, Bonbardier, Embraer podem contribuir na construção de um moderno aeroporto.
A Cia Vale do Rio Doce, a Petrobrás, Bancos brasileiros e Mundiais poderão contribuir usando os mecanismos de aplicação de Imposto de Renda no Brasil.
Os Governos da França, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Japão e de qualquer país poderão contribuir com a construção de um moderno hospital, ou mesmo da estrutura administrativa.
Os arquitetos brasileiros poderão contribuir com um projeto moderno e futurista das unidades de preservação, uso, estudos e destinação dos equipamentos.
A Embrapa poderá contribuir com um sistema de produção de alimentos, a partir de essências florestais e frutas tropicais. É a sustentabilidade.
RISCOS/ARQUITETURA
A FUNAI – FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO, órgão do Governo do Brasil, será o grande agente responsável mediação, projeção, arrecadação, manutenção e distribuição dos recursos adquiridos para desenvolvimento do projeto. Tudo dentro da legalidade, moralidade e probidade administrativa.
Sem prejuízo para outros povos nativos, a Universidade Limpa manterá um sistema integrado com todas as nações indígenas do Brasil e do mundo.
PARÂMETROS DE INVESTIMENTOS
O Governo Brasileiro gastou 90 milhões de Reais (40 milhões de dólares) para realizar o Fórum Social Mundial. As discussões foram muito proveitosas, mas não produziram resultados imediatos.
A resposta será obtida em longo prazo.
No entanto, os povos Kaiapó propõem para o mundo O MAIOR PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO QUE SE PODE IMAGINAR: A UNIVERSIDADE LIMPA KAIAPÓ.
Não é preciso mensurar valor, pois tudo que é bom é valioso.
UMA CONTRIBUIÇÃO VALIOSA
O CONSELHO INDIGENISTA formado pelos caciques das tribos envolvidas decidirá o local, dentro da reserva Federal Kaiapó, mais apropriado para construção da Universidade Limpa. E todos, com apoio da FUNAI, deverão decidir as questões de natureza administrativa.
GOVERNADORES DOS ESTADOS QUE COMPÕEM A AMAZONIA BRASILEIRA REUNEM-SE EM MATO GROSSO PARA EXIGIR DIREITOS DA COMUNIDADE INTERNACIONAL
A floresta em pé tem que render mais dinheiro do que a floresta derrubada. É com base nessa premissa que sete governadores de estados amazônicos se reuniram nesta quarta-feira (1ºde abril), em Cuiabá, no encontro Katoomba Meeting. O objetivo deles é desenvolver um mecanismo para que quem preserve a floresta possa receber dinheiro por isso. Essa ideia, batizada de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), está sendo desenvolvida para entrar em um acordo internacional que deverá ser firmado nos próximos anos, em substituição ao Protocolo de Kioto. Os governadores querem que a manutenção da floresta possa ser “comprada” por empresas e países que emitem muitos gases causadores de efeito estufa. Investindo em preservação, eles impediriam que a derrubada da floresta emitisse gás carbônico, compensando assim a poluição causada em suas indústrias.
Estoque x fluxo
Apesar da proposta ser apoiada por políticos, ONGs e proprietários rurais, ela não é consenso no meio científico. Para o professor Gylvan Meira, do Instituto de Estudos Avançados da USP, há um problema lógico na idéia de compensar emissões de gases com a manutenção de florestas em pé. “Não se pode confundir fluxo com estoque”, diz. O principal problema disso seria que as florestas poderiam diminuir momentaneamente a emissão de gases de efeito estufa, mas isso não serviria para sempre. Um exemplo do problema citado por Meira seria uma floresta que, derrubada, poderia emitir 10 toneladas de gás carbônico. Se uma fábrica que emite uma tonelada desse gás por ano pagar para manter essa floresta em pé, no 11º ano a poluição emitida já é maior do que se a mata desaparecesse. O cientista, contudo, não é pessimista em relação à ideia de que proprietários de terra podem receber dinheiro por manter florestas em pé. Ele acredita que há governos e empresas dispostos a pagar por isso, e cita como exemplo a recente doação de US$ 110 milhões feitos pela Noruega ao Fundo Amazônia.
A história recente da Amazônia brasileira está sendo contada a ferro e fogo e, igualmente de esperança de dias melhores para os que aqui vivem, sejam aqueles que têm suas raízes plantadas desde os primeiros tempos, como aqueles que chegaram e estão chegando, ainda, na busca do eldorado, deixando para trás laços que os prendiam em outras paragens, em outras lonjuras.
Há séculos distanciada e isolada do restante do território nacional, a Amazônia era, e ainda é, desconhecida e sua recente integração vem custando um preço demasiado alto não só para os amazônidas, como, também, para o restante do povo brasileiro, esteja onde estiver e venha de onde vier, preço demasiado alto para que as gerações do futuro, não muito longínquo, terão dificuldade em pagar.
A devastação da, ainda, Maior Floresta Tropical do Planeta, parece ser a palavra de ordem que vem no bojo de todos os projetos, sejam eles grandes ou pequenos, suntuosos ou medíocres. A colonização desordenada força a migração, igualmente sem rumo certo, assim como a instalação de grandes projetos que são, como regra geral, saqueadores, uma vez que a Amazônia que deveria ser o berço de civilizações e o futuro celeiro do mundo, no parecer de naturalista do século passado, vem se caracterizando em mera curiosidade geográfica, simples fornecedora de matéria prima e alvo da cobiça internacional.
Não resta a menor dúvida que perdemos ou não perdemos – nós brasileiros – o controle da situação e não sabemos ou não queremos, pelo menos atenuar, a devastação, a queima da mata, a pesca predatória e, principalmente, a biopirataria, incorporada à história da região desde o início da conquista e da ocupação.
Não há como justificar a carência, quase que absoluta, de política que desse resposta aos anseios de todos os brasileiros, a Amazônia, espécie de paraíso, e não inferno verde, como também é conhecida.
No Estado do Pará esses aspectos negativos da integração vêm sendo mais crus e cruéis e mostram, com maior realce, nossa aparente incapacidade de bem aproveitar esse gigantesco patrimônio natural que estamos, insensatamente, desperdiçando, esperando, talvez, que algum tipo de milagre aconteça nessa reta suicida que estamos trilhando em ritmo acelerado.
Nem tudo, porém, está perdido, existindo na Terra da Promissão, em pontos espalhados, focos de luz neste túnel onde parece não haver saída Começa a tomar corpo no sul do Pará, exatamente em uma das áreas mais agredidas, posição que, com certeza, se desdobrará e ocupará novos espaços. Na realidade é um apelo, um grito de insatisfação e, principalmente, uma mensagem de esperança.
Camilo Martins Vianna - Médico, ambientalista, escritor, ex-Vice-Reitr e Pró-Reitor da UFPA e coordenador de vários programas para Amazônia Legal.
Quem São e Como Vivem?
Nome
O termo kayapó (por vezes escrito "kaiapó" ou "caiapó") foi utilizado pela primeira vez no início do século XIX. Os próprios não se designam por esse termo, lançado por grupos vizinhos para nomeá-los e que significa "aqueles que se assemelham aos macacos", o que se deve provavelmente a um ritual ao longo do qual, durante muitas semanas, os homens kayapó, paramentados com máscaras de macacos, executam danças curtas. Mesmo sabendo que são assim chamados pelos outros, os Kayapó se referem a si próprios como mebêngôkre, "os homens do buraco/lugar d'água".
Língua
Localização
População
Subgrupos, migrações e contato
História e ocupação da região
Principais trabalhos [teses e livros]
Os textos listados abaixo, em ordem cronológica (exceto quando se trata do mesmo autor), formam o corpus principal do conhecimento já escrito sobre os Kayapó. São monografias acadêmicas que versam sobre história, organização social, ecologia, guerra, política, mito e cosmologia.Destaque para os trabalhos de Terence Turner, que pesquisou os Kayapó durante mais de 30 anos; para Vanessa Lea, que fornece uma interpretação alternativa a desse autor; e para Verswijver, que realizou uma reconstrução histórica bastante detalhada, sobretudo a partir do século XX.As teses de Turner (1966) e Bamberger (1967) foram escrtias no âmbito do Projeto Harvard-Brasil Central - amplo programa de pesquisa integrado, sob a coordenação de David Maybury-Lewis e Roberto Cardoso de Oliveira, que visava ao estudo comparativo de sociedades de língua Jê.Infelizmente, alguns desses textos não são de fácil acesso (como a tese de doutorado de Turner e o livro de Simone Dreyfus). No entanto, quase todos podem ser encontrados nas bibliotecas dos cursos de pós-graduação em Antropologia Social.
DREYFUS, Simone. 1963. Les Kayapo du Nord. Paris: Mouton.
TURNER, Terence. 1966. Social structure and political organization among the Northern Cayapó. Tese de Ph.D. Cambridge: Harvard University.
TURNER, Terence. 1991. The Mebengokre Kayapó: history, social consciousness and social change from autonomous communities to inter-ethnic system. Manuscrito inédito. Departamento de Antopologia. Universidade de Chicago. 337pp.
BAMBERGER, Joan. 1967. Environment and cultural classification: a study of the Northern Kayapó. Tese de Ph.D . Cambridge: Harvard University.
LUKESCH, Anton. 1976 [1969]. Mito e vida dos Caiapós. São Paulo: Livraria Pioneira Editora.
VERSWIJVER, Gustaf. 1978. Enquete ethnographique chez les Kayapo-Mekragnoti : contribution a l'etude de la dynamique des groupes locaux (scissions et regroupements). Paris : École des Hautes Études, 1978. 138 p. (Tese)
VERSWIJVER, Gustaaf. 1992. The club-fighters of the Amazon: warfare among the Kayapo Indians of Central Brazil. Gent: Rijksuniversiteit Gent. 378 pp. (Publicação da tese de doutorado do autor, de 1985: Considerations on Mekrãgnotí warfare. Faculteit van Rechtsgeleerdhei, Rijksuniversiteit Gent Academiejaar).
WERNER, Dennis. 1980. The making of a Mekranoti chief : the psychological and social determinants of leadership in a native South American society. New York : Univ. of New York. 367 p. (Tese de Doutorado)
LEA, Vanessa. 1986. Nomes e nekrets Kayapó: uma concepção de riqueza. Tese de Doutorado, Rio de Janeiro: PPGAS-Museu Nacional-UFRJ. 587 p.
Textos mais antigos e fontes históricas
Há um conjunto de textos anterior, produzidos aproximademente entre o final do século XIX e a primeira metade do século seguinte, de interesse principalmente histórico, mas que contém boas informações também sobre o modo de vida e aspectos culturais.O explorador e corógrafo francês Henri Coudreau foi o responsável por escrever, no final do século XIX, os primeiros relatos confiáveis sobre os Kayapó, do ponto de vista histórico. Em suas expedições aos rios Tocantins e Araguaia, Coudreau obteve informações importantes diretamente dos Kayapó Irã'ãmrajre, que então mantinham contato pacífico com a missão dominicana estabelecida na região do médio rio Araguaia, mas também a partir de notícias que lhe dava frei Gil Vilanova. Esse registro encontra-se publicados em francês, numa edição rara. No entanto, existem dois outros relatos de Coudreau que mencionam os Kayapó, editados em português.Já no século XX, aparecem textos produzidos por missionários que procuravam estabelecer contatos com objetivo da catequese. Destacamos o relato de Frei Sebastião (dominicano) e do reverendo Horace Banner (das Unevangelized Fields Mission), que conviveu com os Kayapó Gorotire de 1937 a 1951 e com quem Nimuendaju travou conhecimento em 1940. E o próprio relato de Nimuendaju. O relato de Frei Sebastião é muito interessante, pois conta uma das primeiras aproximações pacíficas a um grupos de índios Gorotire, habitando na área do rio Fresco.
COUDREAU, Henri. 1897. Voyage au Tocantins-Araguaya. Paris: A. Lahure, Imprimeur-Editeur.
COUDREAU, Henri. 1977[1896]. Viagem ao Xingu. Volume 49. Belo Horizonte: Editora Itatiaia. 165 pp.
COUDREAU, Henri. 1980 [1898]. Viagem à Itaboca e ao Itacaiúnas. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia. 177 pp.
MISSÕES DOMINICANAS. 1936. Os Gorotirés (relato de Frei Sebastião Thomas). Prelazia de Conceição do Araguaia. 89 p.
NIMUENDAJÚ, Curt. 1952. Os Gorotire: relatório apresentado ao serviço de proteção aos índios, em 18 de abril de 1940. Revista do Museu Paulista, n.s., vol. VI. São Paulo. pp. 427-452. (reeditado em: Nimuendaju Textos indigenistas. São Paulo : Loyola, 1982. pp. 219-43.)
BANNER, Horace. 1952. A casa dos homens Górotire. Revista do Museu Paulista, VI (Nova Série):455-459.
BANNER, Horace. 1978. Uma cerimônia de nominação entre os Kayapó. Revista de Antropologia, 21(1):109-15.
MOREIRA NETO, Carlos Araújo. 1959. Relatório sobre a situação atual dos índios Kayapó. Revista de Antropologia, 7(1-2):49-64.
DINIZ, Edson Soares. 1962. Os Kayapó-Gorotire: aspectos socio-culturais do momento autal. Boletim do Museu Paranese Emílio Goeldi, 18 (Antropologia, n.s). Belém. 40p.
ARNAUD, Expedito. 1974. A extinção dos índios Kararaô (Kayapó) - Baixo Xingu, Pará. Boletim do Museu Paraemse Emílio Goeldi, n.s., Antropologia, n. 53. Belém, jun. 1974. (Reeditado em: O índio e a expansão nacional. Belém : Cejup, 1989. p. 185-202.)
ARNAUD, Expedito. 1987. A expansão dos índios Kayapó-Gorotire e a ocupação nacional, Região Sul do Pará. Separata da Revista do Museu Paulista, n.s., vol. 32. São Paulo. (reeditado em: O índio e a expansão nacional. Belém: Cejup, 1989. pp. 427-85).
Artigos em livros ou periódicos
Abaixo há uma lista de artigos traduzidos ou escritos em português e de mais fácil acesso para o leitor não acadêmico. Destacamos os textos de Turner, pois fornecem uma visão geral da história, organização social e processos de mudança por que passaram os Kayapó nos últimos anos. O artigo publicado no livro organizado por Manuela Carneiro da Cunha é importante, sobretudo para quem está iniciando os estudos sobre esse povo indígena, pois faz uma síntese de vários aspectos da sociedade Kayapó. Uma visão complementar sobre organização social é apresentada novamente por Vanessa Lea, que realizou pesquisas entre os grupos Mekrãnoti.
VERSWIJVER , Gustaf. 1978b. A história dos índios Kayapó. Revista da atualidade indígena, 12:9-16.
___. 1984. Ciclos nas práticas de nominação Kayapó. Revista do Museu Paulista, 24:97-124.
TURNER, Terence. 1992. Os Mebengokre Kayapó: história e mudança social, de comunidades autônomas para a coexistência interétnica . In. Manuela Carneiro da Cunha (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Fapesp/SMC/Companhia das Letras. pp. 311-338.
____. 1993. Da cosmologia à história : resistência, adaptação e consciência social entre os Kayapó. In: VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo; CUNHA, Manuela Carneiro da, orgs. Amazônia : etnologia e história indígena. São Paulo: USP-NHII/Fapesp. pp. 43-66.
TURNER, Terence. 1993b. Imagens desafiantes : a apropriação Kayapó do vídeo. Rev. de Antropologia, São Paulo : USP, v. 36, p. 81-122,
LEA, Vanessa R. 1993. Casas e casas Mebengokre (Jê). In: VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo; CUNHA, Manuela Carneiro da, orgs. Amazônia : etnologia e história indígena. São Paulo : USP-NHII ; Fapesp, pp. 265-84.
LEA, Vanessa. 1995. Casa-se do outro lado : um modelo simulado da aliança mebengokre (Jê). In: VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo, org. Antropologia do parentesco : estudos ameríndios. Rio de Janeiro : UFRJ, 1995. p. 321-60.
GORDON, César. Nossas utopias não são as deles: os Mebengokre (Kayapó) e o mundo dos brancos. Sexta Feira: Antropologia, Artes e Humanidades, São Paulo : Pletora, n. 6, p. 123-36, 2001.
Artigos e trabalhos acadêmicos em outras línguas
Os temas tratados nos artigos mencionados acima são desenvolvidos mais detalhadamente no conjunto de publicações listadas a seguir. São textos recomendados para estudantes de antropologia, e para leitores com um pouco mais de familiaridade com a literatura etnológica.Nesta lista, destaco alguns artigos de Turner que tratam de questões bastante atuais da realidade Kayapó, como sua apropriação das técnicas de filmagem e vídeo, para registrarem por si só traços importantes da sua cultura (1991 e 1992, q.v. uma versão em português na seção anterior: 1993b); seu envolvimento com e posterior reação às indústrias extrativistas da madeira e do garimpo (1995); e sobre sua adesão a projetos de desenvolvimento econômico "ambientalmente corretos", focalizando particularmente o caso do contrato com a empresa de cosméticos Body Shop (1995b).
LEA, Vanessa. The houses of the Mebengokre (Kayapó) of Central Brazil : a new door to their social organization. In: CARSTEN, Janet; HUGH-JONES, Stephen, orgs. About the house : Levi-Strauss and beyond. Cambridge : Cambridge university Press, 1995. p. 206-25.
LEA, Vanessa. Mebengokre (Kayapó) onomastics : a facet of houses as total social facts in Central Brazil. Man, Londres : Royal Anthr. Inst. of Great Britain Ireland, v. 27, n. 1, p. 129-53, 1992.
TURNER, Terence. 1979. Kinship, household and community structure among the Kayapó. In: D. Maybury-Lewis (org.), Dialetical Societies. Cambridge, Mass. & London: Harvard University Press. pp. 179-214.
TURNER, Terence. 1984. Dual opposition, hierarchy and value: moiety structure and symbolic polarity in Central Brazil and elsewhere. In: J.C. Galey (org.), Différences, valeurs, hiérarchies: textes offerts à Louis Dumont. Paris: Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales. pp. 335-370.
TURNER, Terence. 1991. Social dynamics of video media in an indigenous society: the cultural meaning and the personal politics of videomaking in Kayapó communities. Visual Anthropology Review, v. 7, n. 2, p. 68-76.
TURNER, Terence. 1992. Kayapó on television : an anthropological viewing. Visual Anthropology Review, v. 8, n. 1, p. 107-12, 1992.
TURNER, Terence. 1995. An indigenous people's struggle for socially equitable and ecologically sustainable production : the Kayapó revolt against extractivism. Journal of Latin American Anthropology, s.l. , v. 1, n. 1, p. 98-121,.
TURNER, Terence. 1995b. Neo-Liberal eco-politics and indigenous peoples : the Kayapó, the "rainforest harvest", and the body shop. In: DICUM, Greg, ed. Local heritage in the changing tropics. s.l. : Yale School of Forestry and Env. Studies, 1995. p. 113-23. (Bulletin Series, 98)
TURNER, Terence. 1995c. Social body and embodied subject : bodiliness, subjectivity and sociality among the Kayapó. Cultural Anthropology, Washington : American Anthropological Association, v. 10, n. 2, p. 143-79.
WERNER, Dennis. 1983. Why do the Mekranoti trek? In: HAMES, Raymond B.; VICKERS, William T., eds. Adaptive responsees of native amazonians. New York : Academic Press, p. 225-38.
Outros
Abaixo uma seleção de trabalhos variados, desde relatos de viagem em língua inglesa, até dissertações de mestrado recentes em português. O livro de Werner narra os bastidores de sua pesquisa entre os Mekrãnoti, contendo apreciações mais pessoais que acadêmicas de sua experiência com os índios. Um outro texto interessante (ainda que difícil acesso, pois o livro econtra-se esgotado) é o relato de Sting e Jean Pierre Dutilleux sobre o período em que travou contato com os Kayapó, por intermédio do líder Raoni, e sua luta para criar a Fundação Rain Forest e demarcar a TI Mekranoti.Os outros três trabalhos tratam de questões bastante atuais e das relações dos Kayapó com a sociedade brasileira e a comunidade internacional. Linda Rabben faz um estudo de caso sobre a "ascenção e queda" do líder Paulinho Pajakã perante a comunidade ambientalista, num livro que trata também dos Yanomami. A dissertação de Inglez de Souza traz uma discussão sobre a presente situação econômica e política dos Kayapó Gorotire, e sobre como eles estão refletindo sobre sua própria experiência e procurando superar os desafios de sobreviver enquanto grupo étnico diferenciado num momento de crescente interação com os estados nacionais e o mercado global. Por fim, Freire apresenta um estudo da forma como parte da imprensa brasileira ajudou construir uma imagem pública distorcida dos Kayapó como "índios capitalistas", através de uma análise sobre o "caso Pajakã."
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Os textos de Vanessa Lea se inserem nos debates atuais sobre a questão de gênero, discutindo a oposição entre domínios doméstico e público e a posição das mulheres Kayapó.WERNER, Dennis. 1984. Mulheres solteiras entre os Mekranoti-Kayapó. Anuário Antropológico, 82:69-81.LEA, Vanessa. 1994. Gênero feminino Mebengokre (Kayapó): desvelando representações desgastadas. Cadernos Pagu, Campinas : Unicamp, n. 3, p. 85-116,LEA, Vanessa. 1999.Desnaturalizando gênero na sociedade Mebengokre. Estudos Feministas, Rio de Janeiro : UFRJ/IFCS, v. 7, n. 1/2, p. 176-94,Cultura material e expressão artísticaVERSWIJVER, Gustaf. 1992. Kaiapó amazonie: plumes et peintures corporelles. Tervuren : Musée Royal de l'Afrique Centrale ; Gent : Snoeck-Ducaju & Zoon. 198 p.VERSWIJVER, Gustaf. 1996. Mekranoti: living among the painted people of the Amazon. Munich: Prestel-Verlag. 168 p.MITOS E NARRATIVASBoa parte da tradição oral dos índios Kayapó se encontra disponível aos interessados, através de um conjunto de mitos registrados por diversos pesquisadores, e publicados nas coletâneas indicadas abaixo. Essa seleção de belíssimas narrativas é indispensável para uma visão do rico universo conceitual e imaginativo Kayapó.A coleção de Wilbert é bastante completa, contendo mais de 180 versões de mitos Kayapó (e Xikrin) registrados por Alfred Métraux, Anton Lukesch, Curt Nimuendaju, Horace Banner, Lux Vidal, Gustaf Verswijver e Vanessa Lea.BANNER, Horace. Mitos dos índios Kayapó. In: SCHADEN, Egon, org. Homem, cultura e sociedade no Brasil. Petrópolis : Vozes, 1972. p. 90-132.WILBERT, Johannes. 1978. Folk literature of the Gê indians. Volume 1. Los Angeles: UCLA, Latin American Center Publications. 653 pp.WILBERT, Johannes, e Karin Simoneau. 1984. Folk literature of the Gê indians. Volume 2. Los Angeles: UCLA, Latin American Center Publications. LÍNGUA KAYAPÓExistem alguns trabalhos e dicionários sobre a língua Kayapó, ainda que não sejam de fácil acesso. O idioma Kayapó foi bastante estudado por lingüistas, principalmente afiliados ao Summer Institute. Em geral, esses trabalhos passam de mão em mão entre os estudiosos e antropólogos que trabalharam com os Kayapó, pondendo ser encontrados eventualmente em algumas bibliotecas dos Programas de Pós-Graduação em Antropologia e Lingüística. O trabalho dos linguistas missionários resultou na tradução e edição de um Novo Testamento em língua Kayapó (Metindjwynh Kute Memã Kaben Ny Jarenh), publicado em 1996 pela Liga Bíblica do Brasil.Abaixo uma lista dos principais trabalhos sobre língua Kayapó:STOUT, Mickey & Ruth Thomson. 1974. Elementos proposicionais em orações Kayapó. In: Série Lingüística, nº 3. Brasília: Summer Institute of Linguistics (SIL).STOUT, Mickey & Ruth Thomson. 1974. Modalidade em Kayapó. In: Série Lingüística, nº 3. Brasília: Summer Institute of Linguistics (SIL).STOUT, Mickey & Ruth Thomson. 1974. Fonêmica Txukuhamãi (Kayapó). In: Série Lingüística, nº 3. Brasília: Summer Institute of Linguistics (SIL).TREVISAN, Renato & Mario Pezzoti. 1991. Dicionário Kayapó-Português e Português-Kayapó. Belém.JEFFERSON, Kathleen.1991. Gramática pedagógica Kayapó : parte 3 e apêndices. Brasília: Summer Institute of Linguistics (SIL). (Arquivo Lingüístico, 186). 117 p.BORGES, Marília. Aspectos da morfossíntaxe do sintagma nominal na língua kayapó. Brasília : UnB, 1995. 57 p. (Dissertação de Mestrado)LEA, Vanessa (org.). s/d. Dicionário de Terence Turner partindo de uma lista de palavras de Earl Trapp (missionário). Projeto de pesquisa lingüística em Mebengokre (Unicamp).SLANOVA, Andres & Amélia Silva. s/d. Dicionário Mebengokre-Portugues. Projeto de pesquisa lingüística em Mebengokre. Unicamp. Fapesp.MÚSICAPara quem quiser conhecer um pouco da música Kayapó, existe um ótimo disco (Cd), lançado em 1995 pela Smithsonian Folkways, divisão da Smithsonian Institution especializada em música folclórica e étnica. Chama-se Ritual music of the Kayapó-Xikrin, Brazil (International Institute for Traditional Music/Smithsonian Folkways, Traditional Music of the World, 7). A pesquisa musical e as gravações foram realizadas por Max Peter Baumann, em 1988 na aldeia Xikrin do Cateté. Acompanha o disco um livro/encarte de 76 p. preparado por Lux B. Vidal e Isabelle Vidal Giannini, contendo informações sobre a sociedade Kayapó (e Xikrin), explicações sobre a vida ritual, além de transcrições e traduções de alguns cantos.Existe ainda uma resenha sobre esse disco pelo etnomusicólogo Rafael Menezes Bastos: 1996 - Música nas terras baixas da América do Sul: ensaio a partir da escuta de um disco de música Xikrin. Anuário Antropológico, 95. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, pp. 251-63."Brésil Central: Chants et danses des Indiens Kaiapó" (volume com 2 CD's), publicado em 1989 pelo Archives Internationales de Musique Populaire (AIMP), vol. XIV-XV, em Genebra. Gravações e redação do livro/encarte por Gustaaf Verswijver.VÍDEOSThe Kayapo-out of the forest. Dir.: Michael Beckham e Terence Turner. Vídeo Cor, 51 min. 1989.Aben Kot. Dir.: Breno Kuperman; Otília Quadros. Vídeo Cor, Betacam, 58 min., 1992. Prod.: Cena Tropical.O mundo mágico do A'Ukre. Dir.: João Luís Araújo. Vídeo Cor, 1992.Taking Aim. Dir.: Monica Frota. Vídeo cor, Hi-8/TSC, 41 min., 1993.Pintura corporal : uma pele social. Dir.: Delvair Montagner. Vídeo Cor, HI-8/Betacam SP, 20 min., 1994. Prod.: CPCE
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